Paraná Clube x Operário-PR tem seis expulsões após confusão

 


Árbitro Murilo Ugolin Klein é alvo da revolta dos paranistas em razão do pênalti nos acréscimos.

O empate por 1 a 1 entre Paraná Clube e Operário-PR, pela segunda rodada do Campeonato Paranaense 2025, teve confusão após o apito final e resultou em seis expulsões, todas pelo lado do Tricolor.


As decisões foram relatadas na súmula escrita pelo árbitro Murilo Ugolin Klein, alvo da revolta dos paranistas em razão do pênalti para o Fantasma, nos acrésicmos, que decretou a igualdade no placar.

Aos 49 minutos do segundo tempo, um bate e rebate dentro da área do Paraná Clube acaba com o toque de mão do lateral-esquerdo Kevin. O árbitro marcou o pênalti, convertido por Gabriel Boschillia. A decisão gerou inconformidade por parte de torcedores, jogadores, comissão técnica e dirigentes do Tricolor, que invadiram o campo após o jogo para protestar.


— Informo ainda que ao final da partida vários jogadores do Paraná Clube e comissão técnica invadiram o campo de jogo para confrontar a arbitragem causando uma confusão generalizada sendo preciso a intervenção de seguranças particulares e do Batalhão de Choque da Policia Militar do Paraná para controlar a situação — diz um do trechos do relato do árbitro na súmula.

Em razão da confusão, os expulsos foram: o lateral Kevin, os volantes Geilson e Júlio Rusch, o atacante Gustavo Sagui e o técnico Argel Fuchs. Durante o jogo, Daniel Guedes, lateral do Paraná Clube, também recebeu cartão vermelho. Ainda foram outros oito amarelos mostrados para jogadores do Tricolor e três para atletas do Operário.


— Os cartões vermelhos apresentados nessa súmula não foram mostrados no campo de jogo devido a falta de segurança e ânimos exaltados durante tal confusão — segue o relato na súmula.

O árbitro Murilo Ugolin Klein disse que precisou de apoio policial para deixar os vestiários da Vila Capanema.

Ao final para sairmos do estádio e suas redondezas foi necessário sermos escoltados pelas viaturas do batalhão de choque da Policia Militar do Paraná — completou.

Argel cobra Comissão de Arbitragem

Na entrevista coletiva, o técnico Argel Fuchs contestou a decisão do árbitro no jogo contra o Operáiro e relembrou da partida passada, diante do Athletico, quando o Paraná Clube também teve um pênalti marcado contra. Na cobrança, o goleiro Gasparotto fez a defesa, mas no rebote Di Yorio fez o gol para o Furacão. O treinador paranista reclamou de invasão de área não sinalizada pela arbitragem.


— A bola dá no braço do jogador do Operário, depois dá no braço do Kevin. E ele dá pênalti. Eu, sinceramente, já não sei mais o que fazer. Trabalhei no Campeonato Catarinense, Baiano, Paulista, Gaúcho… e eu nunca vi isso acontecer. Não quero empatar desse jeito, não quero ganhar com invasão de área como foi jogo passado (contra o Athletico) — disse Argel.

Além do lance do pênalti, o treinador criticou o critério utilizado pelo árbitro na aplicação de cartões amarelos aos jogadores do Paraná Clube e questionou a não marcação de uma falta que resultou na lesão do lateral-direito Lucas Mazetti, que teve um problema no tornozelo. Aliás, Argel levou o jogador à sala de imprensa para mostrar como ficou o pé direito do jogador.


— Eles (Comissão de Arbitragem e Federação Paranaense) precisam se explicar para nós, para a torcida gigantesca que veio debaixo de chuva e mostrou sua grandeza. Um jogo bem jogado e não precisava estragar do jeito que foi estragado. Depois vão falar que o Argel chora — completou, cobrando nominalmente o presidente da FPF, Hélio Cury Filho.

Com o empate, o Paraná Clube segue sem vencer, mas soma o primeiro ponto no Paranaense. O Operário garantiu a invencibilidade e chega a quatro pontos. Os times voltam a campo no domingo, às 18h30 (de Brasília). O Tricolor recebe o Andraus, enquanto o Fantasma encara o Rio Branco-PR, em Ponta Grossa.

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